Há uns tempos atrás tive por cá uma Fender Strat de 65. Para a idade que tinas estava bastante bem estimada. No entanto, tinha algo que destoava seriamente do conjunto: A ponte.
Esta peça de hardware não era original e até nem era uma peça de qualidade. Era uma nódoa naquela guitarra. Sendo o dono um assíduo observador de material usado, encontrou passado pouco tempo uma ponte Fender que se adaptasse a este modelo.
Perfeito…
Mas era claro que uma ponte com poucos meses de uso destoava do conjunto que já tinha mais de 45 anos!!!
Era necessário aplicar um bocado dos nossos conhecimentos e relicar a peça. Desmontamos o conjunto peça a peça, e desbastamos o cromado com lixa fina para destruir o brilho. Depois, meticulosamente, aplicamos com cotonete ácido clorídrico em zonas menos propensas a destruir roscas. Quem me conhece sabe que não sou um grande apoiante do Relic, mas obvio que em alguns casos é justo e necessário. Contudo, tenho sempre em mente que há sítios que devemos ter cuidado. Não é engraçado inutilizar roscas numa ponte. Aliás, esta é a parte mais difícil de relicar numa guitarra (na minha humilde opinião).
Limpamos tudo, alguns pequenos golpes aleatórios, e voltamos a montar o conjunto.
Agora esta ponte fica a condizer com a velhinha…
Se eu imaginava que essa ponte ia acabar numa Strat de 65, ficou impecável Zé, Abraço
Obrigado pelo teu comentário Rogério… a tua ex-ponte encaixou que nem uma luva nesta guitarra.
De facto a vida dá muitas voltas!
E acredita que mais dia menos dia vais ver a Guitarra Portuguesa (que supostamente me deves entregar amanhã) aqui no Blog….Não é todos os dias que nos dão a oportunidade de restaurar um Instrumento de 1917!?!?!?
Merece ser comentado….não achas?