Blog, Dicas, Noticias

Entrevista a Paulo Morete

Embora seja um Guitarrista que viva actualmente junto de “Nuestros Hermanos” Este domador das 6 cordas já teve uma forte ligação com Portugal.  Durante anos aprendi muito com ele a nível de equipamento. Um experimentalista nato, que dá muita importância não só a técnica, mas a qualidade de som. Vos apresento a Paulo Morete:

Fala-nos um pouco sobre ti, como começaste a tocar guitarra? Quais são as tuas vitórias no mundo da música?

Basicamente sou um guitarrista auto-didacta. Aprendi a tocar guitarra estudando vídeos, livros e sobretudo a tocar em bandas. Acredito que a melhor maneira de aprender a tocar (especialmente música Rock ou Jazz) é numa banda. Depois de ter comprado a minha primeira guitarra demorei 3 meses em ter uma banda. E só sabia tocar 3 acordes: O SOL, o RE e o DO.

Depois de muitos a anos a tocar e a escutar, vais adquirindo um estilo prórpio e um jeito de tocar. Vai ganhando conhecimentos sobre o material que desejas e vais criando o teu prórpio som. Agora sei bem que tipo de guitarra e amplificadores quero para o meu som, seja em estúdio ou ao vivo.

Suponho que o que mais desejo é poder fazer com que o maior número de pessoas possa ouvir as minhas músicas. Principalmente com as 2 bandas em que toco actualmente: Einsof e Sátrapa. Com Einsof gravamos o álbum em 2009 e voltaremos a entrar em estúdio em Julho deste ano. Com Sátrapa temos combinado gravar o primeiro álbum ainda este ano.

E já agora, a pergunta de praxe. Quem são os teus heróis das 6 cordas?


Desde pequenino que sou um fã do Slash. As primeiras tablaturas que comprei foi do “Apettite for Destruction”. Depois de 3 meses de árduo trabalho tocando com elas não era capaz de articular muitas daquelas notas. Contudo, não parei de tentar. Slash é um guitarrista de um caracter muito forte e com uma sonoridade muito peculiar. Só de o escutar já sabes que é ele.

Com o tempo conheci outros guitarristas, desde John Petrucci até Mark Tremonti. Actualmente tenho bastante admiração pelo Mark Tremonti. A sua maneira de tocar é brutal, é um guitarrista com muitas influencias clássicas, mas que ao contrario do Neo-Clássicos, soube fazer com as suas bandas temas bastante modernos. Para além do mais demostra uma técnica fabulosa.

Sabendo que os canhotos tem alguma dificuldade num mundo de direitos, achas que um jovem que começa a aprender a tocar guitarra deveria usar a guitarra da maneira convencional ou deve seguir o seu instinto tal como tu o fizeste?


Na verdade que quando comecei a tocar guitarra deixei-me levar pelo instinto. Nem me perguntei se seria difícil encontrar instrumentos para canhotos ou se os diagramas seriam ao contrário.. Entrei numa loja, havia uma guitarra canhota e a comprei…

Quando vai passando o tempo começas a ganhar consciência de que encontrar instrumentos de qualidade canhotos é muito difícil, e nem quero entrar no tema dos gostos estéticos. Hoje em dia existem alguns fabricantes que apostam em nós, e isso é algo que gosto de agradecer. Recomendo a Al´s Music Factory, que possui uma grande variedade de guitarras canhotas em Stock, para além de ser o importador da Bogner para Espanha e Portugal.(www.alsmusicfactory.es). Acredito que como na música em geral, nos devemos deixar levar pelo instinto…e foi isso que fiz no momento.

Podes falar-nos um pouco sobre o teu Gear?


Actualmente o meu equipamento se baseia em guitarras PRS, uma Mc Carthy, 2 Custom 22 e uma Custom 24. Los amplificadores que estou a utilizar son los Bogner Uberschall Twin Jet com a sua respectiva coluna 4×12” Ubercab que me oferece um som High Gain sem limites, é o melhor amplificador para tocar Hard Rock e Heavy Metal que provei na minha vida. O seu canal saturado é como um tigre selvagem, e o seu novo modelo Twin Jet também nos permite obter outro rango de distorções com o canal um. Adicionalmente utilizo varios pedais da marca Astone (www.astone.es) e uso  um modelo de palhetas personalizadas de 1mm da incrível marca Steve Clayton (http://www.steveclayton.com/) que levam a minha asinatura. Gosto do som delas, dão-me bastante ataque, são geniais.

Para o controlo dos canais do meu Bogner e os efeitos utilizo um sistema de Switcher y controlo de pedais MIDI, com o qual posso mudar de canal e incluir efeitos só com um click. Tal como se fosse uma pedaleira digital.

Podes falar-nos sobre o teu arsenal de guitarras? Qual é a tua preferida?


Actualmente tenho uma colecção de 15 guitarras. As guitarras principais são PRS como te contava anteriormente. Alem do mais, tenho 2 Messinger Arkadia fabricada para mim e diversas opções mais clássicas. Quero também destacar uma fantástica acustica Taylor que uso basicamente para gravar em estudio e para tocar em casa.

Tens alguns patrocínios? Como os conseguiste?


Actualmente colaboro com a PRS, a Bogner amplification, Astone Effects e Clayton USA Picks. Na verdade é que quando começamos a trabalhar com o primeiro disco dos Einsof começaram a surgir opções de poder colaborar com algumas marcas. Tem sido muito gratificante e tenho que agradecer por todo o suporte que eles me tem dado e me continuam a dar todas elas.

Se apenas pudesses escolher 3 pedais do teu arsenal, com quais é que ficavas?

O meu pedal de Wah Morley Mark Tremonti, o Whammy pedal da Digitech e o meu delay. São 3 efeitos que utilizo mesmo muito.

Sabendo eu que usas muitos tipos de afinações…que género de cordas utilizas?

Actualmente utilizo 3 tipos de afinações. Drop D (10-46) Drop C (11-52) e C 7 cordas. (9-52)

És muito exigente em relação aos setups da tua guitarra? Qual é a acção que usas?

Sim…realmente o sou. Sou bastante sensível a esses pormenores. Normalmente uso acções muito baixas por uma razão de comodidade. Em relação as minhas PRS’s me resulta bastante fácil ter acções baixas sem problemas de trastes.

Que conselhos podes dar aos guitarristas canhotos (e não só) para que consigam atingir os seus objectivos?


Pois que sejam perseverantes e que sigam o caminho que o seu coração lhes indica. É o que intento fazer… A dinâmica musical actual não é fácil. Ninguém pode aspirar viver de vender CD’s como antigamente. Com a Internet pode haver muita divulgação, mas a competitividade é feroz. etc…O que importa é crescer e oferecer algo as pessoas que soe interessante e original.

Que achas do mercado musical Ibérico? É interessante para os guitarristas?


O mercado?!? Ufff. Na verdade é que acho que é muito baseado na “Radio Formula” e não dá um mínimo de suporte para qualquer género muiscal que não passe na MTV. Acho que não é bom para ninguém existir esta discriminação. Não é bom nem para os músicos, nem para os ouvintes!

Receba Artigos; Dicas e muito mais sobre Guitarras!


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *