100 Maneiras de melhorar como guitarrista (Parte 1)

Existe um conceito pedagógico chamado “Adição de ganhos marginais” que é baseado no princípio de que um grande projecto pode ser concluído através de pequenos passos. Quando pensamos neste conceito em termos guitarrísticos, podemos concluir que não existem barreiras para evoluir em timbre, técnica, teoria e habilidade.

Hoje apresentamos 100 maneiras para melhorar como guitarrista.

O Post será dividido em 2 partes.

Partilha as tuas ideias nos comentários. Ficamos-lhe muito gratos.

Melhorar a técnica e habilidade:

1. Dá (pelo menos) o dobro de atenção à maneira como tocas, do que aquela daquela que dedicas ao equipamento.
2. Pratica todas as manhãs por um tempo determinado (pode ser 2-6 meses) antes de ir para à escola ou o trabalho. Sei de um caso, que em vez de levar a revista ou o telemóvel para à casa de banho, tinha um amplificador mini ao lado da sanita (Não, não estou a brincar)
3. Para de tocar a escala pentatónica apenas na primeira posição. Toca nas 5 posições possíveis uma e outra vez.
4. Como aquecimento usa todos os modos das escalas maiores.
5. Aprende a tocar progressões de escalas, tanto para a frente como para trás.
6. Aprende a tocar a escala Maior/Menor numa só corda (e em todas as cordas)
7. Aprende uma canção todos os dias durante 15 dias.
8. Treina com um metrónomo.
9. Canta cada nota que tocas e tenta fazê-lo o mais lírico possível.
10. Aprende uma música de um género que normalmente não costumas tocar e tenta adaptá-lo ao teu estilo.
11. Aprende um segundo instrumento musical.
12. Aprende uma música popular de outro instrumento.
13. Coloca as tuas costas direitas e concentra-te na tua respiração, para que seja o mais calma e o menos expressiva possível.
14. Aprende a tocar uma canção numa posição diferente da escala. Estuda o “Sistema 5” mais conhecido por CAGED.
15. Faz a transposição dos teus temas favoritos para outros tons.
16. Arranja um tema de que gostes muito para outro ritmo ou outro estilo.
17. Tenta tocar sem pousar a palma da mão.
18. Treina arduamente tocar (cor acordes) através do ciclo das quintas.
19. Quando estiveres a solar, tenta tocar deliberadamente fora a primeira nota do compasso.
20. Pratica Ioga, meditação ou outra arte para relaxar antes dos treinos.
21. Nunca te esqueças de incluir nos teus treinos diários exercícios para a mão direita.
22. Sente intensamente as pausas da música.
23. Continua a tocar depois de ter partido uma corda. Dá largas à tua criatividade e supera as limitações.
24. Improvisa sobre melodias conhecidas e aplica-lhe floreados, arranjos, chord voicing, etc.
25. Subscreve-te a um programa educacional de guitarra online, que oferece mais interacção do que um livro.
26. Porque é que um “Do” tem de ser tocado sempre da mesma maneira? Usa inversões de acordes.
27. Aprende escalas exóticas e aplica-as no teu treino e improvisos diários.
28. Grava os teus treinos. Ouve-os e analisa o que pode ser melhorado.
29. Grava um acorde e toca no mínimo 5 escalas que possam ser tocadas sobre ele.
30. Usa um pedal “looper” e treina incansavelmente com acordes, riff, e solos.
31. Treina um ritmo muito lentamente. Usa uma caixa de ritmos ou um metrónomo para certificar-te que não falhas nos tempos. Depois, faz o mesmo exercício, mas o mais depressa possível.
32. Para melhor percepção, usa um tom limpo quando treinas escalas (sem distorção e efeitos)
33. Toca num volume que seja o suficientemente alto como para perceber a dinâmica do teu som.
34. Tenta focar-te no tom de quando pulsas uma corda para que seja o mais limpa possível; para que o “sustain” não morra; para que o som não seja apagado.
35. Pratica o teu vibrato, fá-lo exageradamente por uns tempos.
36. Tenta aplicar emoções (sejam elas alegres, tristes, apáticas, etc) ao teu jeito de tocar. Tenta expressar de qualquer maneira essa emoção.
37. Se não sentes vontade de praticar, para por um tempo determinado. Faz uma avaliação dos teus gostos, procura amigos com quem tocar. E permite que o desejo de tocar volte com força.
38. Limita os teus solos a determinados compassos. Isso obrigar-te-á a concentrar o melhor do teu solo num curto espaço de tempo e não deixar-te divagar demasiado. Assim estimulas mais a tua criatividade e não aborreces os teus ouvintes com solos de 10 minutos sobre uma pentatónica.
39. Quando improvisas, aplica a técnica dos artistas de jazz, que repetem várias vezes a mesma frase, mas com ligeiras diferenças, antes de avançar com outra ideia.
40. Organiza a estrutura dos teus solos como se fosse um romance escrito: Faz uma introdução; adicionas-lhe um corpo, uma intriga (que crie suspense) e uma resolução.
41. Existem muitas técnicas de “bending” não te limites apenas à uma ou duas.
42. Aproveita as jam sessions que possam haver perto de ti (sejam em bares, club,etc) para poder tocar com pessoas mais avançadas do que tu. Numa sessão dessas podemos aprender muito mais do que um mês de treino no nosso quarto.
43. Se “Ao vivo” tocas em pé, deves fazer o treino dessa maneira e não sentado.
44. Usa a guitarra mais alta para melhor articulação dos solos. Tocar demasiado baixo pode ser “esteticamente” mais agradável, mas é mais difícil para solar e aplicamos uma má postura (o que nos vai ocasionar dores musculares)
45. Treina segundo o sistema “pomodoro”. 25 Minutos de treino e 5 minutos de descanso. Isso evitará lesões nos músculos e articulações.
46. Altera a dinâmica enquanto praticas escalas: Toca com mais força ou quase silenciosamente; mas depressa ou mais devagar; mais sincopado ou mais “straight”
47.  Experimenta outro tipo de compassos que não sejam 4/4
48. Improvisa por uns tempos fora dos tempos fortes. É deveras difícil fazer isto sem treino.
49. Inicia as frases em notas erradas propositadamente, e corrige-as rapidamente com um “slide” Bem treinado soa fenomenal.
50. Mantém um treino equilibrado entre composição, aprendizagem de músicas, treinos de escalas, acordes e técnicas.

Fiquem atentos ao blog e aguardem o próximo post que irá abordar a 2ª parte do tema.