Existem muitas pontes com barra tremolo no mercado, mas a rainha das guitarras Archtop é sem dúvida as pontes da marca Bigsby e todas as suas réplicas. Já tive a oportunidade de ver dezenas, senão centos, de modelos e já não guardam segredos para mim.
O sistema é simples: Um eixo circular, onde se encontram fixas as cordas, é mexido pela barra contra uma mola. A tensão das cordas vai contrabalançar contra a mola, criando assim um equilíbrio.
Para que este sistema funcione na perfeição é preciso que:
- Não exista atrito nos seus componentes.
- A rigidez da mola seja suficiente como para que volte sempre ao mesmo ponto, mas que não seja tão dura que dificulte a sua utilização.
- As cordas não ganhem atrito sobre a ponte e pestana.
- Não existam componentes com folgas. E por acaso é muito frequente ter este problema nas pontes, que se movimentam de acordo ao uso da barra.
No caso desta guitarra Yamaha do ano 68 tivemos de efectuar outra alteração, que por acaso é comum (e não deveria) pois a barra ficava muito baixa e não tínhamos a possibilidade de a ajustar.
Já vi alguns exemplos em que temos um eixo dentado ou um pequeno perno, onde com uma pequena operação, podemos ajustar a posição da barra ao nosso bel-prazer. Mas não maioria dos casos não temos outra hipótese senão alterar o sistema.
Depois de fazer uma limpeza geral a esta guitarra, que se encontrava num estado lastimoso, voltamos a dar vida a esta guitarra. Tinha o verniz da cabeça estalado, pintura de má qualidade espalhada por todo o corpo e componentes tão sujos e enferrujados que parecia não haver esperança para esta menina. Mas com umas boas horas de trabalho árduo conseguimos fazer um pequeno milagre.
Sinceramente, a guitarra deixou-nos surpreendidos pela positiva. O braço estava em tão excelente estado que conseguimos uma acção baixíssima. Nada mau para uma guitarra com 47 anos! A electrónica só precisou de uma limpeza química e os pickups não tinham mau som.
O único ponto a destacar era sem dúvida o tal ajuste da posição da barra. Estando tão baixa era quase inútil. Nestes casos aplicamos um pequeno calço criado num torno mecânico, que encaixa à pressão no interior da mola e que vamos ajustando reduzindo a espessura.
Com isto temos uma guitarra “vintage” a funcionar na perfeição!
Podem pedir-nos um orçamento para efectuar este serviço. E já agora, deixem o vosso comentário!
Gostei muito da guitarra! Uma peça vintage, que a Fratermusic ressuscitou! 😀 PARABÉNS!
Obrigado pelo seu comentário Ricardo.
As suas palavras dão-nos força para continuar a ressuscitar guitarras!